FAÇO AMIGOS EM QUALQUER CHÃO.

CAVALO VIRTUAL.
O  pingo de luxo
Que hoje eu encilho
Dispensa pelego,
Não usa lombilho.

Percorro o mundo,
Cavalgo os ares,
Fronteiras e mares,
Não são empecilhos.
Nas patas deste cavalo
O mundo não tem fronteiras,
O sonho não tem limites
A liberdade é companheira.

Dou ô de casa! em qualquer site
Sou recebido sem apertos de mão
Cumprindo a sina  de internauta solitário
Faço amigos em qualquer  chão.

Minha estância é esta sala reservada;
Meu conselheiro, o amigo chimarrão.
Cavalgo léguas, depois de uma longa jornada
Tomo outro mate pra lenir a solidão.

SANDRA LAUREANO. 
Gaúcha.




O natural do Rio Grande do Sul é chamado de gaúcho.

mate.
Sou gaúcho forte, campeando vivo
Livre das iras da ambição funesta;
Tenho por teto do meu rancho a palha,
Por leito o pala, ao dormir a sesta.
Monto a cavalo, na garupa a mala,
Facão na cinta, lá vou eu mui concho;
E nas carreiras, quem me faz mau jogo?
Quem, atrevido, me pisou no poncho?
João Simões Lopes Neto

O chimarrão


Uma cuia.
O chimarrão é montado com erva-mate, geralmente servido quente de uma infusão. Tem gosto que mistura doce e amargo, dependendo da qualidade da erva-mate, que, pronta para o uso, consiste em folhas e ramos finos (menos de 1,5 mm), secos e triturados, passados em peneira grossa, de cor verde, havendo uma grande variedade de tipos, uns mais finos outros mais encorpados, vendidos a diversos preços.
Um aparato fundamental para o chimarrão é a cuia, vasilha feita do fruto da cuieira (Porongo), que pode ser simples ou mesmo ricamente lavrada e ornada emouroprata e outros metais, com a largura de uma boa caneca e a altura de um copo fundo, no formato de um seio de mulher. Há quem tome chimarrão em outros recipientes, mas a prática é geralmente mal vista.
O outro talher indispensável é a bomba ou bombilha, um canudo de cerca de 6 a 9 milímetros de diâmetro, normalmente feito em prata lavrada e muitas vezes ornado com pedras preciosas, de cerca de 25 centímetros de comprimento em cuja extremidade inferior há uma pequena peneira do tamanho de uma moeda e na extremidade superior uma piteira semelhante a usada para fumar, muitas vezes executada em bom ouro de lei.

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O chimarrão pode servir como "bebida comunitária", apesar de alguns aficionados o tomarem durante todo o dia, mesmo a sós. Embora seja cotidiano o consumo doméstico, principalmente quando a família se reúne, é quase obrigatório quando chegam visitas ou hóspedes o chimarrão é símbolo da hospitalidade sulista, por que quem chega como visita em uma casa é recebido logo com uma cuia de chimarrão. Então assume-se um ar mais cerimonial, embora sem os rigores de cerimônias como a do chá japonês.
A água não pode estar em estado fervente, pois isso queima a erva e modifica seu gosto. Deve apenas esquentar o suficiente para "chiar" na chaleira. Enquanto a água esquenta, o dono (ou dona) da casa prepara o chimarrão.
Há quem diga que isso acaba estabelecendo a hierarquia social dos presentes, mas é unânime o entendimento de que tomar chimarrão é um ato amistoso e agregador entre os que o fazem, comparado muitas vezes com o costume do cachimbo da paz. Enquanto você passa o chimarrão para a próxima bebê-lo, ele vai ficando melhor. Isso é interpretado poeticamente como você desejar algo de bom para a pessoa ao lado e, consequentemente, às outras que também irão beber o chimarrão.
Nesse cenário, o preparador é quem é visto mais altruisticamente. Além de prepará-lo para outras pessoas poderem apreciá-lo, é o primeiro a beber, em sinal deeducação, já que o primeiro chimarrão é o mais amargo. Também é de praxe o preparador encher novamente a cuia com água quente (sobre a mesma erva-mate) antes de passar cuia, para as mãos de outra pessoa (ou da pessoa mais proeminente presente), que depois de sugar toda a água, deve também renovar a água antes de passar a cuia ao próximo presente. Não se esqueça de tomar o chimarrão totalmente, fazendo a "cuia roncar". Se considera uma situação desagradável quando o chimarrão é passado adiante sem fazer roncá-lo.


Curando as ‘borracheras’
Curando as ‘borracheras’A tradição do chimarrão é antiga e remete a tradição à história da colonização espanhola. Soldados espanhóis, que aportaram em Cuba e foram ao México ‘capturar’ os conhecimentos das civilizações Maia e What is a Gaúcho?Azteca, em 1536 chegaram à foz do Rio Paraguay. Impressionados com a fertilidade da terra às margens do rio, fundaram a primeira cidade da América Latina: Assunción del Paraguay.
Acostumados a gra

Grupo: Gauchada no By MK!* Agro Fashion
A tradição do chimarrão é antiga e remete a tradição à história da colonização espanhola. Soldados espanhóis, que aportaram em Cuba e foram ao México ‘capturar’ os conhecimentos das civilizações Maia e Azteca, em 1536 chegaram à foz do Rio Paraguay. Impressionados com a fertilidade da terra às margenmmmMMMMs do rio, fundaram a primeira cidade da América Latina: Assunción del Paraguay. 
Acostumados a grandes ‘borracMMMMMMmmmheras’ - porres memoráveis que muitas vezes duravam a noite toda - os desbravadores, nômades por natureza, sofriam com a ressaca. Aos poucos, foram tomando o estranho chá de ervas utilizado pelos índios Guarany e notavam que no dia seguinte ficavam melhores. Re * Agro Fashionalmente, o mate amargo é um bom ativante do fígado, auxiliando a curar o mal-estar causado pela bebida.
O porongo e a bomba do chim
arrão eram retirados de floresta de taquaras, às margens do rio Paraguay. Por causa da tradição, os paraguaios tomam a bebida fria e em qualquer tipo de cuia. É o chamado tererê, que pode ser ingerido com gelo e limão ou com suco de laranja e limonada no lugar da água.
No Brasil, a erva é socada; na Argentina e no Uruguai, triturada. Nos países do Prata, ela é mais forte e amarga, sendo recomendada para quem sofre de problemas no fígado.


Um prazer compartilhado
Uma roda de chimarrão é um momento de descontração, fazendo parte de um ritual indispensável para unir gerações. O mate pode ser tomado de três maneiras: solito(isoladamente), parceria (uma companheira ou companheiro) e em roda (em grupo).
O mate solito faz parte da cultura do homem que não precisa de estímulo maior para matear do que sua própria vontade. Pode-se dizer que é o verdadeiro mateador, ao contrário do mate de parceria, em que a pessoa espera por um ou dois companheiros. É na roda de mate, porém, que esta tradição conquistou seu apogeu, agrupando pessoas em torno de uma mesma ação: chimarraer.
Aos navegantes de primeira viagem, um aviso: nunca peça um mate, por mais vontade que tenha. Poderá sugeri-lo de forma sutil, esperando que lhe ofereçam. Há um respeito mítico nas rodas de mate.


Matear com excelência
Ao adquirir uma cuia nova é preciso curtí-la por, no mínimo, três dias, ato que é conhecido como curar uma cuia. Deve-se enche-la de erva-mate pura ou misturada com cinza vegetal e água quente, mantendo o pirão sempre úmido, impregnando, assim, o gosto da erva em suas paredes. A cinza é utilizada para dar maior resistência ao porongo.
Passando o tempo, retira-se a erva-mate da cuia com uma colher para eliminar os restos de erva. Basta enxaguá-la com água quente e estará pronta para ser usada. O mate se cura cevando, ou seja, quanto mais vezes é tomado, melhores serão os mates.


O ato de preparar o mate pode ser chamado de:
cevar o mate
fechar o mate
fazer o mate
enfrenar o mate
ou chimarrão
A palavra amargo também é usada em lugar de mate ou chimarrão. Convite para tomar mate:
vamos matear?
vamos gervear?
vamos chimarrear?
vamos verdear?
vamos amarguear?
vamos apertar um mate?
vamos tomar mate ou um mate?
vamos tomar um chimarrão?
que tal um mate?

A mão direita – A entrega da cuia e o recebimento do mate deve ser feito com a mão direita.
Enchendo o mate - Pega-se a cuia com a mão esquerda e o recipiente com a direita. Após, acomoda-se o recipiente e se troca a cuia de mão para matear ou oferecer o mate. seguindo-se, sempre, pelo lado direito, Gaúcho, o Dialeto Crioulo Rio-Grandense 
o lado de laçar. O sentido da volta na roda de mate deverá partir pela direita do cevador ou enchedor de mate.
A água para preparar o mate - A temperatura nunca deve estar muito quente, pois pode queimar a erva, dando um gosto desagradável ao mate e lavando-o rapidamente.
O pialadoHistoricamente, o Rio Grande do Sul, estado ao extremo sul do Brasil, sempre foi uma região de conflitos e de culturas diversas. Numa área pertencente à Espanha pelo Tratado de Tordesilhas, alguns portugueses fincaram o pé em partes da localidade no intuito de tomar as terras dos espanhóis, mas esqueciam-se todos que os donos legítimos da terra eram os índios. Na prática, nunca houve divisão de fato dos territórios do pampa rio-grandense, pampa argentino e pampa uruguaio, proporcionando uma integração – nem sempre pacífica – entre os três povos. Do convívio entre os imigrantes espanhóis e portugueses com os índios surgiram muitas misturas raciais originando o que se chamou de “raça gaúcha” (cafuzos de índios je-tupi-guarani com ibero-europeus) e o surgimento involuntário de uma cultura completa que era compartilhada pelos povos.
Em conflito constante com os “castelhanos” (argentinos e uruguaios de ascendência castelhana) e com os portugueses (então colonizadores do Brasil), os gaúchos continuavam ignorando os limites políticos entre os territórios, mas criavam seu próprio isolamento  cultural. (1)
Na tentativa de não se identificarem nem com os portugueses (dominadores) e, posteriormente, brasileiros, (2) nem com os espanhóis (invasores), os rio-grandenses criaram um modo particular de vestir, falar e agir, que pouco se diferenciava das características típicas dos “gauchos” (lê-se ‘gáutxos’ em espanhol) dos pampas cisplatino e platino. Os hábitos do churrasco, do chimarrão, da indumentária e quase toda a tradição permaneceram muito semelhantes após todo o período de ebulição, mas a língua foi diferenciando-se.
Numa tentativa de mostrar para os “castelhanos” que falavam português e para os “imperialistas” que falavam espanhol, adicionando-se muitas expressões indígenas e algumas africanas, (3) surgiu uma linguagem híbrida, compreendida por todas as partes envolvidas no período, mas impossível de ser dominada por um “chucro”. Marcado pela grande ligação afetiva do gaúcho por seus animais, a maioria das expressões que se referem a animais, também se referem às pessoas.r de mate - É o indivíduo que, chegando numa roda de mate, posiciona-se à frente da pessoa que está mateando e à esquerda na mão da roda. O correto é ficar antes do mateador, sempre a sua direita.
A ágA formação do dialeto se dá, basicamente, por:

  1. vocábulos hispano-luso-indígenas
  2. aumentativos e diminutivos hispânicos
  3. escrita lusitana
  4. pronúncia baseada no português, mas lida como no espanhol
  5. falta de uma gramática oficial, mantendo o dialeto constantemente mutante e flexível
  6. A pronúncia do “o” e do “e” são feitas como no Espanhol quando se alterariam para “u” e “i” no Português.
  7. O diminutivo “inho” quase sempre e substituído por “ito”, mas há casos onde sobrevive. Recorde-se que não há regra oficial para a fala campeira e que a maioria das pessoas sequer sabem que não falam Português nem Espanhol.
  8. O pronome “lhe”, quase sempre é pronunciado “le”.
  9. Há uma grande dificuldade entre os nativos para saberem quando pronunciar “b” ou “v”, pois flutuam entre a gramática portuguesa e espanhola.
  10. As palavras que têm dupla escrita de “x” ou “ch”, têm no “ch” sua escrita castelhana e “x” lusitana (galega).
Algumas expressões típicas da gauchada:
  • Abichornado – crioulo – acovardado, apequenado.
  • Afeitar – espanhol – fazer a barba
  • Âiga-te (âigale-te) – espanhol – interjeição de surpresa que enaltece o que foi ouvido; âigate.
  • A la pucha (a la putcha) – espanhol – interjeição de surpresa que enaltece o que foi ouvido; âigate.
  • Alcaide – provavelmente espanhol, pois tem significado muito oposto do homônimo português, oriundo do árabe – cavalo velho, ruim inútil; serve para pessoas também.
  • Andar a/pelo cabresto – português – o mesmo termo que designa a condução do animal, indica que alguém está sendo conduzido por outro.
  • Andar de rédea solta – português – também se referindo a pessoas, significa que alguém não sofre controle estrito de nada nem ninguém; um momento de folga.
  • Bagual – crioulo – cavalo que não foi castrado; homem.
  • Balaquear – crioulo – gabar-se, mentir, conversar fiado; vanguardar-se.
  • Barbaridade – português – barbarismo. Tanto adjetiva como pode ser uma interjeição de espanto.
  • Bate-coxa – português – baile, dança.
  • Bombacha – espanhol platino – peça (calça) que caracteriza a indumentária gaúcha. Tem origem turca e foi introduzida na América pelos comerciantes ingleses, de presença marcante no pampa platino.
  • Buenacho – espanhol – muito bom, excelente; bondoso, cavalheiro.
  • Campanha – português – planície rio-grandense; pampa.
  • Capilé – francês – refresco de verão, feita com um pouco de vinho tinto, água e muito açúcar.
  • Castelhano – espanhol – indivíduo oriundo de Uruguai ou Argentino
  • Cevador – português – pessoa que prepara o chimarrão e o distribui entre os que estão tomando.
  • Charque – espanhol platino – carne de gado, salgada em mantas.
  • Chasque – quíchua – mensageiro, estafeta.
  • Chiru (xiru) – tupi – índio velho, indivíduo de raça cabocla.
  • Chucro (xucro) – quíchua – animal arisco, nunca domado; pessoa de mesmo temperamento ou sem empirismo, inexperiente.
  • Cusco – espanhol platino, provavelmente já emprestado do quíchua – cachorro pequeno e de raça ordinária (ou sem); guaipeca.
  • De orelha em pé – português – da mesma forma que o animal de sobreaviso ergue as orelhas, tal supõe-se faça o homem.
  • Engasga-gato – português – ensopado feito com pedaços de charque da manta da barrigueira.
  • Garupa – francês - A parte superior do corpo das cavalgaduras que se estende do lombo aos quartos traseiros; também usado para definir a mesma área no corpo humano.
  • Gaúcho – origem desconhecida – termo, inicialmente, utilizado de forma pejorativa para descrever a cruza ibero-indígena, hoje é o gentílico de quem nasce no estado do Rio Grande do Sul.
  • Gauchada – crioulo – grande número de gaúchos; façanha típica de gaúcho, cometimento, muito arriscado, proeza no serviço campeiro, ação nobre, impressionante.
  • Gauderiar – espanhol platino – vagabundear, andar errante, sem ocupação séria; haragano.
  • Gaudério – espanhol platino – vagabundo, desocupado, nômade. Atualmente, é uma referência estadual ao povo da campanha, simplesmente, como gaúcho.
  • Guaiaca – quíchua – invenção gauchesca que se usa sobre o “cinturão europeu”. Significa bolsa em sua língua original.
  • Guaipeca – tupi – cachorro pequeno e de raça ordinária (ou sem), cusco.
  • Guri – tupi – criança, menino; serviçais que faziam trabalho leve nas estâncias.
  • Haragano – espanhol – Nômade, renitente; cavalo que dificilmente se deixa agarrar.
  • Japiraca – tupi – mulher de temperamento irascível, insuportável.
  • Jururu – tupi – triste, cabisbaixo, pensativo.
  • Macanudo – indicado como sendo espanhol platino – bom, superior, poderoso, forte, inteligente, belo rico, respeitável; um adjetivo positivo de uso genérico.
  • Mate – quíchua – bebida preparada em um porongo, com erva-mate e água quente; chimarrão.
  • Minuano – indicado como sendo espanhol platino – vento andino, frio e seco, que sopra do sudoeste no inverno.
  • Morocha – espanhol platino – moça morena, mestiça, mulata; rapariga de campanha.
  • Nativismo – português – amor pelo chão onde se nasce e sua tradição.
  • Orelhano (aurelhano) – espanhol platino – animal  sem marca nem sinal; também serve para pessoas.
  • Pago – espanhol/português – lugar onde se nasceu. Como o gaúcho original era um nativo descendente de imigrantes e não pretendia deixar seu solo em hipótese alguma, o termo também designa, genericamente, a região da Campanha.
  • Pampa – quíchua – vastas planícies do Rio Grande do Sul, Uruguai e Argentina, coberta de excelentes pastagens que servem para criação de gado. Em quíchua, “pampa” significa “planície”.
  • Paisano – português/espanhol – patrício, amigo, camarada; camponês e não-militares.
  • Pêlo duro – espanhol – crioulo, genuinamente rio-grandense; também significa pessoa ou animal sem estirpe.
  • Poncho – origem incerta, araucano ou espanhol – espécie de capa de pano de lã de forma retangular, ovalada ou redonda, com uma abertura no centro, para a passagem da cabeça.
  • Puchero (putchero) – espanhol – sopão com muito vegetal e carne de peito, sem tutano e sem pirão.
  • Querência – espanhol – o lugar onde se vive. Derivado de “querer”, caracteriza o amor que o gaúcho tem pela sua terra.
  • Tapejara – tupi – vaqueano, guia ou prático dos caminhos; gaúcho perito, conhecedor da região.
  • Tchê – provavelmente espanhol – termo vocativo pelo qual se tratam os gaúchos. É o mesmo “che” (‘txê’) do espanhol, que se consagrou com Ernesto Guevara, o “Che”.
  • Topete – português/espanhol – audácia, arrogância, atrevimento; saliência da erva-mate que fica fora d’água na cuia de chimarrão.
  • Tropeiro – português/espanhol – condutor de tropas, de gado.
Abaixo, alguns trechos dos Contos Gauchescos, livro publicado em 1912 e que, apesar do tempo passado, permanece atual, pois a linguagem pampeana não se modificou muito ao longo dos anos, devido ao relativo isolamento. Perceba-se que quando Simões Lopes Neto escreveu, não fazia a mínima idéia de que narrava histórias em um dialeto e tenta adequar o texto à gramática brasileira da época.ua do mate - A água nuncadeverá ser fervida, pela perda de oxigênio, transmitindo um sabor diferente ao mateador. O ideal é quando a água apenas chia.
Cevar com cachaça - Quando as pessoas fecham um mate (ato de prepará-lo), costumam, em lugar de água para inchar a erva, colocar cachaça, pois ela fixa por mais tempo a fortidão da erva-mate, sem deixar o gosto do álcool. Uma vez inchada a erva, cospe-se fora a infusão até roncar bem a cuia, esgotando-se completamente o líquido.
Só o cevador pode mexer no mate - A menos que se obtenha licença, só o cevador deve arrumar o mate, considerando-se falta de respeito mexer sem permissão. Podemos, isto sim, ao devolver a cuia, avisá-lo do problema.

Em roda de mate - É comum, após o primeiro mate, que sempre é do iniciar a rodaa pelo mais velho ou por alguém a quem se queira homenagear.
O primeiro mate - Todo aquele que fecha um mate deve tomá-lo primeiro em presença do parceiro ou na roda de mate. Este fato se tornou tradicional devido a épocas em que o mate serviu de veículo para envenenamentos. Por isso, o ato do mateador tomar o primeiro indica que o mate está em condições de ser tomado. Há a lenda jesuíta, que atribuía valores afrodisíacos ao mate. Para evitar que os índios passassem a maior parte do dia mateando, tentando afastá-los do hábito, criaram o mito entre os silvícolas cristianizados que Anhangá Pitã (diabo) estava dentro do mate.
Roncar a cuia - Uma vez servido o mate, deve ser tomado todo, até esgotá-lo, fazendo roncar a cuia.

Os dez mandamentos do chimarrão
1) Não peças açúcar no mate
2) Não digas que o chimarrão é anti-higiênico
3) Não digas que o mate está quente demais
4) Não deixes um mate pela metade
5) Não te envergonhes do "ronco" no fim do mate
6) Não mexas na bomba
7) Não alteres a ordem em que o mate é servido
8) Não "durmas" com a cuia na mão
9) Não condenes o dono da casa por tomar o 1º mate
10) Não digas que chimarrão dá câncer na garganta

Mate para estribo - É o último mate para brindar um visitante pronto para partir

Como o mate do João Cardoso - Fato que nunca se realiza
Aquentar água para outro tomar mate -Preparar um negócio para outro colher os lucros
Andar de carijo aceso - Moça que anda ‘feito louca’ atrás de namorado
A vida é como o mate, cura cevando - É vivendo que se aprende
Fulano anda tomando mate com rapadura -Estar feliz, alegre
Andar com cara de mate fervido - Andar sem graça, triste
Primeiro os encargos, depois os amargos -Primeiro as obrigações, depois 
ndes ‘borracheras’ - porres memoráveis que muitas vezes duravam a noite toda - os desbravadores, nômades por natureza, sofriam com a ressaca. Aos poucos, foram tomando o estranho chá de ervas utilizado pelos índios Guarany e notavam que no dia seguinte ficavam melhores. Realmente, o mate amargo é um bom ativante do fígado, auxiliando a curar o mal-estar causado pela bebida.
O porongo e a bomba do chimarrão eram retirados de floresta de taquaras, às margens do rio Paraguay. Por causa da tradição, os paraguaios tomam a bebida fria e em qualquer tipo de cuia. É o chamado tererê, que pode ser ingerido com gelo e limão ou com suco de laranja e limonada no lugar da água.
No Brasil, a erva é socada; na Argentina e no Uruguai, triturada. Nos países do Prata, ela é mais forte e amarga, sendo recomendada para quem sofre de problemas no fígado.
Um prazer compartilhado
Uma roda de chimarrão é um momento de descontração, fazendo parte de um ritual indispensável para unir gerações. O mate pode ser tomado de três maneiras: solito(isoladamente), parceria (uma companheira ou companheiro) e em roda (em grupo).
O mate solito faz parte da cultura do homem que não precisa de estímulo maior para matear do que sua própria vontade. Pode-se dizer que é o verdadeiro
 mateador, ao contrário do mate de parceria, em que a pessoa espera por um ou dois companheiros. É na roda de mate, porém, que esta tradição conquistou seu apogeu, agrupando pessoas em torno de uma mesma ação: chimarraer.
Aos navegantes de primeira viagem, um aviso: nunca peça um mate, por mais vontade que tenha. Poderá sugeri-lo de forma sutil, esperando que lhe ofereçam. Há um respeito mítico nas rodas de mate.


Matear com excelência
Porque toda "agro girl" merece um glamour! ;) (E para quem não sabe, uma "agro girl" é uma guria do interior, do campo, do meio rural.)Ao adquirir uma cu

ia nova é preciso curtí-la por, no mínimo, três dias, ato que é conhecido como curar uma cuia. Deve-se enche-la de erva-mate pura ou misturada com cinza vegetal e água quente, mantendo o pirão sempre úmido, impregnando, assim, o gosto da erva em suas paredes. A cinza é utilizada para dar maior resistência ao porongo.
Passando o tempo, retira-se a erva-mate da cuia com uma colher para eliminar os restos de erva. Basta enxaguá-la com água quente e estará pronta para ser usada. O mate se cura cevando, ou seja, quanto mais vezes é tomado, melhores serão os mates.


O ato de preparar o mate pode ser chamado de:
cevar o mate
fechar o mate
fazer o mate
enfrenar o mate
ou chimarrão
A palavra amargo também é usada em lugar de mate ou chimarrão. Convite para tomar mate:
vamos matear?
vamos gervear?
vamos chimarrear?
vamos verdear?
vamos amarguear?
vamos apertar um mate?
vamos tomar mate ou um mate?
vamos tomar um chimarrão?
que tal um mate?

A mão direita – A entrega da cuia e o recebimento do mate deve ser feito com a mão direita.
Enchendo o mate - Pega-se a cuia com a mão esquerda e o recipiente com a direita. Após, acomoda-se o recipiente e se troca a cuia de mão para matear ou oferecer o mate. seguindo-se, sempre, pelo lado direito, o lado de laçar. O sentido da volta na roda de mate deverá partir pela direita do cevador ou enchedor de mate.
A água para preparar o mate - A temperatura nunca deve estar muito quente, pois pode queimar a erva, dando um gosto desagradável ao mate e lavando-o rapidamente.
O pialador de mate - É o indivíduo que, chegando numa roda de mate, posiciona-se à frente da pessoa que está mateando e à esquerda na mão da roda. O correto é ficar antes do mateador, sempre a sua direita.
A água do mate - A água nuncadeverá ser fervida, pela perda de oxigênio, transmitindo um sabor diferente ao mateador. O ideal é quando a água apenas chia.
Cevar com cachaça - Quando as pessoas fecham um mate (ato de prepará-lo), costumam, em lugar de água para inchar a erva, colocar cachaça, pois ela fixa por mais tempo a fortidão da erva-mate, sem deixar o gosto do álcool. Uma vez inchada a erva, cospe-se fora a infusão até roncar bem a cuia, esgotando-se completamente o líquido.
Só o cevador pode mexer no mate - A menos que se obtenha licença, só o cevador deve arrumar o mate, considerando-se falta de respeito mexer sem permissão. Podemos, isto sim, ao devolver a cuia, avisá-lo do problema.
Em roda de mate - É comum, após o primeiro mate, que sempre é do iniciar a rodaa pelo mais velho ou por alguém a quem se queira homenagear.
O primeiro mate - Todo aquele que fecha um mate deve tomá-lo primeiro em presença do parceiro ou na roda de CcmatCCe. Este fato se tornou tradicional devido a épocas em que o mate serviu de veículo para en

Churrasco gaúcho

veccccccccnenamentos. Por isso, o ato do mateador tomar o primeiro indica que o mate está em condições de ser tomado. Há a lenda jesuíta, que atribuía valores afrodisíacos ao mate. Para evitar que os índios passassem a maior parte do dia mateando, tentando afastá-los do hábito, criaram o mito entre os silvícolas cristianizados que Anhangá Pitã (diabo) estava dentro do mate.
Roncar a cuia - Uma ve
  • Um bom pedaço de carne bovina, que pode ser costela, picanha ou etc ..
  • Sal grosso a vontade
  • Um ou vários espetos (conforme a fome ou os trocos do vivente)
  • Fogo de lenha, de gás, carvão
  • Paciência, por que até ficar pronto, o índio é capaz de morder os beiços
z servido o mate, deve ser tomado todo, até esgotá-lo, fazendo roncar a cuia.Modo de Preparo
  • Modo de Preparo
  1. Espetar de pedaço a pedaço no espeto, passar o sal e colocar no fogo
  2. Mais ou menos a uma distancia de 25 cm
  3. Se houver pressa ou muita fome, come-se somente chamuscada, meio a meio, correndo sangue (como eu gosto)
  4. Mas se não houver pressa e, tiver gente de muita frescura, assa-se até ficar esturicada
Modo de PreparoOs dez mandamentos do chimarrãoModo de Preparo1) Não peças açúcar no mate
2) Não digas que o chimarrão é anti-higiênico
3) Não digas que o mate está quente demais
4) Não deixes um mate pela metade
5) Não te envergonhes do "ronco" no fim do mate
  • Modo de Preparo
  1. Espetar de pedaço a pedaço no espeto, passar o sal e colocar no fogo
  2. Mais ou menos a uma distancia de 25 cm
  3. Se houver pressa ou muita fome, come-se somente chamuscada, meio a meio, correndo sangue (como eu gosto)
  4. Mas se não houver pressa e, tiver gente de muita frescura, assa-se até ficar esturicada
6) Não mexas na bomba
7) Não alteres a ordem em que o mate é servido
8) Não "durmas" com a cuia na mão
9) Não condenes o dono da casa por tomar o 1º mate
10) Não digas que chimarrão dá câncer na garganta

Mate para estribo - É o último mate para brindar um visitante pronto para partir
Como o mate do João Cardoso - Fato que nunca se realiza
Aquentar água para outro tomar mate -Preparar um negócio para outro colher os lucros
Andar de carijo aceso - Moça que anda ‘feito louca’ atrás de namorado
A vida é como o mate, cura cevando - É vivendo que se aprende
Fulano anda tomando mate com rapadura -Estar feliz, alegre
Andar com cara de mate fervido - Andar sem graça, triste
Primeiro os encargos, depois os amargos -Primeiro as obrigações, depois os mates











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