Jogo do pijama: Gucci, coleção primavera 2013
Lagerfeld aproveitou seus recursos com saias e camisas cortadas pontudas do couro. Nuances do cubismo e de Bauhaus prevaleceram no começo do desfile, onde painéis angulares e coloridos emolduravam os looks. Havia muitos shirtdresses, brincando com a tendência da estação, e foram exibidos em combinações de cores vivas e pálidas e tratamentos que variavam desde peles raspadas até franjas curtas esvoaçantes. Um vestido de couro rosa com uma cordinha amarrada na cintura, por exemplo, tinha um colarinho branco rígido e uma listra preta bem no meio até o fim e ao redor da bainha e dos bolsos de fora, que se penduravam na cintura, dando a ideia de um cinto de utilidades.
Eventualmente, as estampas gráficas geométricas se amenizaram em uma estampa de poeira que parecia mais uma explosão delicada: 'O Big Bang', como Lagerfeld a chamou nos bastidores. 'Já tem muitas estampas floridas por aí.' O padrão lembrava um tie-dye sofisticado em um vestido solto e sem mangas, e uma jaqueta de pele muito elegante de caimento perfeito com a gola tosquiada foi seguida de outras peles mais elaboradas, longas e coloridas.
A coleção tinha uma energia descontraída e otimista – especialmente nos acessórios.
Silvia Fendi desprendeu as marcas registradas de sua grife – as bolsas baguete, mama, peekaboo e toujours – dos componentes de metal, em favor de tratamentos mais vivos e mais pop. As bolsas baguete apareceram sem alças, cobertas por botões multicoloridos em costuras precisas rodeando taxas que pareciam Candy Dots (umas balinhas que vêm grudadas em uma tira de papel). Algumas delas eram acompanhadas de cubos que lembravam dados e que pendiam ao lado como amuletos de sorte luxuosos.
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